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Inovação, disrupção e mesmice

Muito se fala em INOVAÇÃO e agora, recentemente e de forma recorrente, em DISRUPÇÃO. Palavras com conceitos distintos que juntas formam uma poderosa força que vem sendo usada para exemplificar o que fazem empresas como Uber, Netflix e Tesla.


Pois bem. Inovação disruptiva é quando se implanta um novo conceito no mercado em uma determinada indústria. São inovações que introduzem novos benefícios ao mercado, com a pretensão de ser mais simples e conveniente aos usuários, muitas vezes também oferecendo ainda menor custo.

Como tudo que é novo, é preciso formar o conceito, explorar o desconhecido, ser persistente e convencer pessoas. Ou seja, tem que ter paciência e investir muito dinheiro para isso. E é justamente nesse sentido que eu chamo atenção para os problemas (e ou segredos) desse tipo de negócio. Vejamos o exemplo da Tesla. Ela é a vanguarda dos carros elétricos e das iniciativas de carros sem motorista que hoje se espalham por toda a indústria automobilística. Bacana, não é? Sim, mas qual foi o preço desse pioneirismo?

Para empurrar seu plano à frente, a Tesla investiu muito, muito mesmo. Acredite, por mais simples que seja sua ideia, isso não é aventura de marinheiros de primeira viagem, ou sem muita capacidade de investimento. Esse é um tipo de negócio que em tese demora a gerar caixa e, quando gera, em muitos casos, não é suficiente para bancar a operação. Mais que isso, o investimento em P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) deve ser constante.

Só para ter uma ideia, uma matéria recente da Business Insider afirmou que a Tesla gasta 18% do seu orçamento em P&D e, pasmem, isso é quase três vezes mais o que gasta a maior fabricante de carros tradicionais do mundo.
Portanto, para fazer inovação disruptiva é preciso ter em mente que o lucro demora, e muito, mesmo vendendo bem. E em alguns casos pode nunca chegar! Mas, ok. Decidiu entrar neste jogo de gente grande, anota pelo menos alguns pontos muito importantes para ter no plano:

1. Dinheiro disponível para investir na partida e validação
2. Tempo e pouca pressão por resultados
3. P&D permanente
4. Investimento permanente
5. Gestão muito eficiente do caixa
6. Precificação correta
7. Marketing agressivo e força em vendas
8. Novos produtos e/ou features em cada pequeno ciclo

Claro que é meio desafiador e inebriante ser visionário, ser à frente do tempo e pioneiro em qualquer indústria ou segmento. Nós empreendedores adoramos! Mas é preciso ter atenção e planejar muito para qualquer iniciativa neste sentido, antes mesmo de até pensar em começar. Eu digo sempre o seguinte: quem sai na frente tem vantagens, mas paga o preço do desbravamento. Quem vem depois pode não precisar construir novos mercados e conceitos, mas precisa ser diferente ou até melhor (se investir também!).

E dinheiro para isso? Existe investimento disponível no mercado brasileiro? Ah, sobre isso eu comento no próximo artigo!

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