fbpx

+1 9093183240

contato@abstartups.com.br

Crescimento das startups: veja o que mudou nos últimos cinco anos!


De 2015 até 2019, o número de startups no país mais que triplicou, passando de 4.151 para 
12.727 (um salto de 207%). Acompanhe aqui quais foram os fatores favoráveis para esse cenário de crescimento das startups. 

Os últimos anos foram decisivos para consolidar o ecossistema brasileiro de startups como conhecemos hoje. Parece que foi ontem que as primeiras startups despontavam com suas soluções disruptivas (despertando curiosidade e desconfiança ao mesmo tempo) e que instituições como a Abstartups surgiam para fomentar um ecossistema ainda embrionário, mas isso foi lá em 2011.

Nove anos depois, o mercado se abriu para as startups e temos hoje um cenário bem mais promissor. Tanto que é quase impossível imaginar nossa vida sem startups – elas mudaram a maneira como nos locomovemos pela cidade, procuramos acomodações para viagens, alugamos apartamento, pagamos nossas contas e muito mais! 

Por isso, nesse artigo vou relembrar um pouco da trajetória de evolução do ecossistema nos últimos cinco anos aqui no Brasil e os motivos que favoreceram essa mudança de cenário.

A evolução das startups em números

Em 2015, o número de startups mapeadas no Brasil era de 4.451. Esse número continuou crescendo gradualmente nos anos consecutivos, mas teve o seu grande boom em 2018, quando atingimos a marca de 10.000 startups. Atualmente, já estamos com 12.800 startups mapeadas em nossa base (Startupbase) e a média de crescimento é de 26,75% por ano. 

Mas afinal, o que aconteceu no mundo das startups nesses anos? A resposta é: muita coisa! Não só o número de startups foi crescendo, como diversas iniciativas e instituições foram se desenvolvendo para dar apoio e construir esse ecossistema, afinal, empreendedor não faz nada sozinho. 

                  Fonte: Startupbase

A verdade é que o ambiente em torno das comunidades evoluiu muito! Por isso, quando falamos de conexões entre startups, vivemos nesses últimos anos uma fase de muitas oportunidades. Foram inúmeros coworkings, hubs de inovação, parques tecnológicos e uma agenda com diversos eventos envolvidos para dar suporte e oferecer o ambiente ideal para o desenvolvimento de novas startups e o amadurecimento de modelos de negócios já existentes. Coisa que não existia alguns anos atrás.

A evolução de hubs e parceiros de fomento

Para começar, lá em 2015, surgiu uma nova iniciativa aqui em São Paulo que prometia “transformar o ecossistema de startups”. Idealizada pelo Itaú Unibanco em parceria com a Redpoint e.ventures, nascia o CUBO. Com o intuito de ser um local para reunir startups, investidores e mentores, o CUBO nasceu com o propósito de ser mais do que um coworking, e é hoje  reconhecido como o maior hub de inovação da América Latina. 

Desde 2016, temos o Google em São Paulo com seu 6º Campus e o primeiro na América Latina. O espaço voltado para profissionais criativos e empreendedores, conta com espaço de coworking aberto, eventos e programas de capacitação para residentes e não residentes e conexão com os outros campus da rede. 

Isso sem falar os inúmeros outros players que cresceram com o intuito de fomentar uma comunidade empreendedora – desde a Plug que desde 2012 surgiu como a pioneira em coworking, a Gama Academy que nasceu em 2016 para formação de talentos nas principais áreas de uma startup. 

Além disso, eventos formadores como o Startup Weekend revelou (e continua revelando até hoje) cases de sucesso como o Easy Taxi. programas de desenvolvimento governamentais (Seed, Desenvolve SP, Pitch Gov) nasceram e novas corporações como Oito, Oxigênio e a We Work que chegou ao Brasil em 2018. 

E o que foi o boom de 2018?

Após um período conturbado na economia brasileira, o ano de 2018 começou com grandes surpresas e um aquecimento do setor autônomo e claro, empreendedor. Os frutos de todos esses anos de trabalho de fomento e incentivo ao mercado de startups, começou a ser visto e o mercado, decolou. 

Não só consolidou, como também veio com novidades: o Bradesco, outro gigante no mercado nacional inaugurou seu próprio hub de inovação – o InovaBra. A maturidade das startups brasileiras atingiram níveis de tração e scale-up e vimos nascer o primeiro unicórnio verde e amarelo: a 99, trazendo com ela, uma sequência de seres mitológicos para o nosso ecossistema.

Além disso, os parques tecnológicos que tradicionalmente atuam conectando três atores: governo, academia e mercado também conquistaram um papel importante como instrumento de formação empreendedora. O Tecnopuc em Porto Alegre/RS, Porto Digital em Recife/PE e o Tecnosinos em São Leopoldo/RS, por exemplo, estão hoje  entre os principais parques tecnológicos do Brasil. Juntos reúnem mais de 200 empresas e são responsáveis pela geração de mais de 10 mil empregos.

A força do empreendedor e o fortalecimento das comunidades

Segundo um estudo da Expert Market, o Brasil está em 5° lugar numa lista de 15 países no que se refere à determinação do empresário em empreender. Determinação é palavra chave, mas como eu disse lá em cima, empreendedor não faz nada sozinho. Ainda que o começo possa ser solitário, fazer parte de uma comunidade é um facilitador desse processo. 

Comunidade de Startups

Quando falamos em comunidade de startups, você entende o que isso significa? Não se trata apenas de um conglomerado de startups em uma mesma região. Além disso, isso significa também uma rede apoio que consegue engajar, gerar oportunidades e potencializar o desenvolvimento desses negócios. Entre os fatores fundamentais para o sucesso de uma comunidade, estão:

  • Governo
    Programas de investimento, benefícios regulatórios, parcerias com startups (como o Pitch.Gov), institutos de pesquisa, advocacy. 
  • Acesso à capital
    Investidores Anjo, Microcrédito, venture capital. 
  • Cultura
    Cases de sucesso, líderes, reciclagem de líderes, visibilidade na mídia, eventos, networking.
  • Suporte
    Serviços especializados (jurídico, contábil, imprensa), Coworkings, Incubadoras, Aceleradoras, Parques Tecnológicos, Instituições não governamentais.
  • Talento
    Universidades ligadas ao empreendedorismo, centros de tecnologia, empreendedores em série, fluidez (capacidade de atrair talentos).
  •  Mercado
    Early Adopters, canais de distribuição, multinacionais, referenciação.

Descentralização das capitais

Se antes, víamos esses fatores movimentando principalmente os grandes centros urbanos como São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, destes últimos anos para cá algo importante aconteceu – cada vez mais regiões fora do eixo das capitais foram mapeadas, ganhando visibilidade e relevância. 

Tudo bem que esses estados ainda concentram hoje, o maior número de startups no Brasil.  Porém, hoje, já são mais de 30 cidades, 61 comunidades e mais de 7.500 startups de comunidades emergentes mapeadas em todo o Brasil (Você pode acessar esses mapeamentos aqui).

Essa lista cresce todo dia através dos cadastros pelo Startupbase, com os nossos associados e apoio dos embaixadores e curadores.

Então, confira aqui como foi o crescimento em número de startups dos 10 principais estados brasileiros:

 

Faturamento e startups unicórnio 

O ano de 2018 trouxe um holofote para o mundo das startups brasileiras – fruto da conquista dos primeiros unicórnios. Essas startups, com alto grau de maturidade (scale-up) abrem suas ações para o mercado (IPO) atraindo fundos de investimento e conquistando o tão sonhado investimento. E quando atingem a marca de US$1 milhão de dólares em valuation, se tornam mitos, tal qual um unicórnio.

Assim como a lenda do animal mitológico, apesar de fazerem muito sucesso e atraírem os holofotes, é importante lembrar que elas são raras por um motivo –  não são fáceis de alcançar e não representam a realidade principal do mercado. 

Hoje, o Brasil tem uma posição relevante a nível internacional (está no top 10 países em número de startups) com 11 startups unicórnios e algumas promessas com grande potencial de crescimento. Com isso, tem atraído para a América Latina, olhares de fundos de investimento e grandes corporações internacionais. 

Faturamento 

Segundo dados da Associação de Investimento de Capital Privado na América Latina (LAVCA, em inglês), o investimento de venture capital em startups latino-americanas totalizou US$ 2,6 bilhões, divididos em 2019. Para comparação, em todo o ano de 2018, foram arrecadados, US$ 2 bilhões.

Ainda de acordo com dados da LAVCA, Colômbia, Brasil e México representam 91,9% dos dólares investidos na região durante o primeiro semestre e 84,9% dos negócios fechados entre investidores e fundadores.

Porém, a distribuição desses investimentos ainda é um desafio no setor. Por exemplo, segundo os mapeamentos de comunidades que realizamos no ano passado, 82% das startups declararam não ter recebido investimento e apenas 1% declararam ter recebido um aporte Serie A. 

Quando avaliamos os dados de faturamento, os números não são melhores: aproximadamente 50% das startups mapeadas em todo Brasil não faturam e apenas 3,4% faturam entre R$500K  e R$1MM. Ou seja, temos dinheiro entrando, mas não circulando em todos os âmbitos do ecossistema. E esse é um dos desafios que temos para os próximos anos, ao pensar em um crescimento sustentável do ecossistema. 

Abstartups como parte dessa evolução

Com a missão de fomentar o ecossistema empreendedor no Brasil, a Abstartups faz parte dessa história de evolução. Formada em 2011 por um grupo de empreendedores, a associação tem atuado nesses últimos anos em várias frentes de fomento. 

Olhando para o empreendedor, desenvolvemos projetos para educação (blog), conteúdo para startups, acesso produtos e benefícios por meio dos nossos planos de associação, conexão com mercado e investidores (mentorias, Pitch Corporate). 

Para o ecossistema, reunimos e divulgamos informação através do Startupbase (mais relevante base de dados do ecossistema) e os estudos e mapeamentos de comunidades; Promoção por meio de visibilidade na imprensa, eventos itinerantes como o Startup.On; conexão com o governo (Pitch Gov) e tudo isso, com o apoio de grandes empresas no nosso programa de mantenedores

E é claro, não posso deixar de citar aqui o CASE– a Conferência Anual de Startups e Empreendedorismo – o maior evento para startups da América Latina e o único que reúne comunidades de todas as regiões do Brasil. A caminho de sua 7º edição, o evento nasceu junto com o ecossistema. E a cada ano acompanha a evolução em termos de maturidade, tendências e inovação. 

Como serão os próximos cinco anos?

Começamos o ano de 2020 com o pé direito. Nova unicórnio, novos investimentos e uma expectativa  muito positiva para o que está por vir? Algumas das expectativas para o futuro são:

  • Avanço da agenda do Marco Legal das Startups no Congresso Nacional, que contribuirá positivamente com o empreendedor, startups, ecossistema e todo o ambiente regulatório do mercado. 
  • Descentralização e regionalização do conteúdo, oportunidade, capital, acesso à mercado, a fim de desenvolver melhor o país e ecossistemas de inovação em comunidades iniciantes.
  • Avanço do amadurecimento e densidade do ecossistema, com o fortalecimento de players de formato e participação cada vez maior e mais assertiva das grandes corporações e mercado em geral.

E você, como enxerga o futuro do ecossistema? Faça suas apostas e não deixe de acompanhar os insights do Startupbase que compartilhamos toda semana em nossas redes! 

E além disso, já é inscrito em nossa Newsletter? Inscreva-se aqui para receber nossos estudos! 

 

 

Compartilhe

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *